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Personagem, após rápida presença em Candelária,
Personagem, após rápida presença em Candelária,
revista acadêmica do Instituto Humanidades da UCAM (# 1, 2004)
Ao decidir, Personagem fica entre
a espera e a escolha.
Parece que a espera é o espaço do meio,
tem peso de mala, se cerca de vícios...
A espera desloca o ritmo e dilata o ventre,
é lugar de volteios e desvios.
Já a escolha é uma arte
ou, mais justo, uma morte.
Ou então a escolha é o corte,
a arte da faca no movimento da mão.
A espera é a face de frente pra dúvida,
o brilho nos olhos,
a pose de estátua que fecha a saída.
A espera se planta nos pés.
Já a escolha é o fio de fogo na face,
o risco rasgando o perfil à feição,
é mais que sentido ou razão.
A escolha sai do coração.
A espera está sempre na dúvida,
a escolha tem sempre razão...
andou se apresentando nas Quintas Fotográficas,
projeções criadas por Débora Setenta, da FotoInCena,
no extinto espaço ArteClara, 2005.
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